Os passaportes mais poderosos do mundo: Brasil caiu.

Publicação atualizada em 15 de outubro de 2025 por Gil Mapas

O Ranking Henley & Partners 2025: Brasil e a Queda do Poder Global dos Passaportes

Direto ao Ponto


O Passaporte Brasileiro: Oscilações Históricas e o Cenário Atual de 2025

Portanto, o Brasil apresentou uma oscilação negativa no prestigiado ranking Henley Passport Index de outubro de 2025. O país, entretanto, saiu da 17ª posição, que detinha anteriormente, e caiu para a 19ª colocação. Além disso, se antes o passaporte brasileiro concedia acesso sem visto a 173 nações, agora esse número se reduziu para 169. Consequentemente, essa diminuição de quatro destinos sem visto sinaliza uma pequena, mas perceptível, mudança na mobilidade global dos cidadãos brasileiros. Curiosamente, a Argentina acompanha o Brasil nesta mesma 19ª colocação em 2025, o que sugere dinâmicas regionais semelhantes no acesso global de seus passaportes.

O Passaporte Brasileiro Dentro da Média Histórica

Ainda assim, ao longo dos últimos dez anos, o passaporte brasileiro variou seu poder de acesso de forma relativamente estável, apresentando leves oscilações tanto para cima quanto para baixo. Por exemplo, o melhor posicionamento do Brasil ocorreu em 2016, quando alcançamos a 16ª posição. Em contraste, o pior desempenho do país em uma década ocorreu em 2010, quando o passaporte brasileiro atingiu a 28ª colocação, o que representou a pior marca desse período. Desse modo, a posição atual, apesar de uma ligeira queda, mantém-se dentro da média histórica. Isto posto, esta estabilidade indica que as relações diplomáticas e os acordos de vistos do Brasil têm mantido um patamar consistente ao longo do tempo. Em suma, o índice revela a importância contínua da diplomacia e das políticas externas para garantir o acesso facilitado aos viajantes brasileiros em todo o mundo.

Conheça o Henley Passport Index: A Métrica Global de Liberdade de Viagem

Recentemente, a Henley & Partners lançou a mais recente edição de seu Henley Passport Index. Este ranking confiável, que se baseia na liberdade de viagem que cada passaporte proporciona, confirma o domínio contínuo dos países asiáticos e europeus, enquanto os Estados Unidos e, até certo ponto, o Brasil vivenciam declínios.

Analisando Tendências Globais de Mobilidade

A cada seis meses, a holding Henley & Partners monitora tendências globais em mobilidade, cidadania e políticas de vistos. No centro desta pesquisa, encontra-se o Henley Passport Index, um ranking líder que mede o “poder” de um passaporte. Para isso, a metodologia se baseia no número de destinos nos quais seus titulares podem ingressar sem visto prévio ou apenas com a obtenção de visto na chegada.

Em primeiro lugar, a Henley & Partners compila esses dados a partir do banco de dados Timatic da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo). Portanto, esses dados fornecem um panorama preciso da abertura de cada país para o mundo. Mais do que simples números, este relatório se transformou em uma valiosa ferramenta geopolítica. Ele lança luz sobre os laços internacionais, as tensões e as dinâmicas mutáveis da diplomacia global. Assim, o índice funciona como um termômetro das relações externas de cada nação

Os Passaportes Mais e Menos Poderosos em 2025

O Domínio Asiático e Europeu no Top 10

Dessa forma, a edição de outubro de 2025 confirma o domínio contínuo de vários países asiáticos, que ocupam os primeiros lugares. Eles garantem esse destaque graças ao seu amplo acesso a mais de 190 destinos sem visto.

De acordo com o ranking oficial de outubro de 2025,190 os 10 principais passaportes são:

ClassificaçãoPaísDestinos sem Vistos
1Singapura193
2Coréia do Sul190
3Japão189
4Alemanha, Itália, Luxemburgo, Espanha e Suíça.188
5Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Holanda187
6Grécia, Hungria, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Suécia186
7Austrália, República Tcheca, Malta, Polônia185
8Croácia, Estônia, Eslováquia, Eslovênia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido184
9Canadá183
10Letônia, Liechtenstein182
19Brasil169

Conforme se observa, este ranking confirma o domínio da Europa, visto que seis das dez primeiras posições pertencem a países europeus. Simultaneamente, a Ásia, liderada por Singapura, Coreia do Sul e Japão, continua a exercer uma forte liderança na mobilidade global.

Os Piores Passaportes de 2025: A Baixa Mobilidade

Na extremidade oposta do espectro, na posição de países com passaportes menos acessíveis, encontramos o Afeganistão na 106ª colocação. Com efeito, este país possui o passaporte menos poderoso, o qual permite acesso sem visto a apenas 24 países. Esta baixa pontuação, portanto, reflete não apenas instabilidade interna, mas também relações diplomáticas limitadas e desafios geopolíticos complexos. Em contraste com o topo do ranking, estes países enfrentam barreiras significativas na mobilidade de seus cidadãos. Em essência, a liberdade de viagem torna-se um privilégio restrito para os portadores dos passaportes na base do índice.

O Declínio dos EUA: Um Ponto de Viragem Política

Contudo, outros países, notavelmente os Estados Unidos, registraram quedas no ranking. Os Estados Unidos, que se empatam na 12ª posição com a Malásia, agora concedem a seus cidadãos acesso sem visto a 180 destinos, ficando atrás da maioria dos principais países europeus. Em comparação, a China ocupa a 64ª posição, com apenas 82 destinos sem visto.

As Consequências do Isolacionismo Americano

Esta postura, em particular, tem prejudicado as relações com países em desenvolvimento, especialmente na África e no Oriente Médio. Durante o governo Trump, cidadãos de doze países viram-se totalmente impedidos de obter vistos americanos. Outros sete enfrentaram restrições mais rigorosas, em resposta até 36 países adicionais, a maioria na África, agora ameaçam com medidas retaliatórias ou de reciprocidade. Em termos práticos, alguns viajantes africanos precisam pagar uma caução reembolsável, que varia de $5.000 a $15.000 dólares americans, para entrar nos EUA. Além disso, uma nova “Taxa de Integridade de Visto” de $250 dólares está prevista para ser introduzida para a maioria dos pedidos de visto de não-imigrante. Para complicar ainda mais, a taxa do Sistema Eletrônico de Autorização de Viagem (ESTA) quase dobrou em 30 de setembro de 2025, passando de $21 para $40 dólares.

Em conjunto, essas políticas, juntamente com um discurso político mais fechado, refletem um recuo estratégico. Isso enfraquece o alcance diplomático dos Estados Unidos e corrói seu soft power na área da mobilidade. Segundo a Henley & Partners, essa tendência sinaliza uma mudança histórica mais ampla. À medida que a mobilidade global continua a se expandir, os EUA parecem afastar-se de sua influência internacional, correndo o risco de um declínio lento, mas constante, no prestígio antes associado ao seu passaporte. Afinal, a facilidade de viagem serve como um indicador do poder diplomático de uma nação.

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