Jerome Cadier: Por que voamos para algumas cidades e não para outras?

Jerome Cadier explica porque alguns locais tem mais voos que outros e alguns critérios para a criação de novas rotas

Já se perguntou por que algumas cidades possuem uma vasta rede de voos enquanto outras, aparentemente semelhantes, não contam com nenhum? Jerome aborda essa que é uma questão que intriga muitos de nós. Ao observarmos uma cidade de porte médio com um aeroporto local, mas sem a oferta de voos comerciais, a curiosidade se acende: quais os fatores que influenciam essa disparidade?

Direto ao Ponto

> > > A demanda é o ponto de partida
> > > Conexões e a importância dos hubs
> > > Outros fatores que influenciam a oferta de voos

Por que alguns destinos têm mais voos que outros?

Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil, abordou essa questão em seu perfil no LinkedIn, demonstrando sua disposição em discutir temas complexos e relevantes para a indústria da aviação.

Extraímos de seu texto o seguinte:

A frequência dos voos para diferentes destinos é resultado de uma complexa combinação de fatores, que vão além da simples demanda dos passageiros. É como montar um gigantesco quebra-cabeça, onde cada peça precisa se encaixar perfeitamente para que o sistema funcione de forma eficiente.

Naturalmente, a quantidade de pessoas que desejam viajar para um determinado lugar influencia diretamente a frequência dos voos.

Cidades com grandes centros de negócios, como São Paulo e Rio de Janeiro, tendem a ter uma demanda maior por voos, especialmente em horários específicos, como no início e final do dia.

Isso acontece porque muitos executivos precisam viajar a trabalho e voltar no mesmo dia.

A natureza da demanda também importa

Além da quantidade, a natureza da demanda também influencia a decisão de oferecer mais ou menos voos.

Voos corporativos, por exemplo, costumam ter uma receita por passageiro mais alta do que voos turísticos.

Por isso, rotas que atendem principalmente a viajantes a negócios, como a tradicional Congonhas-Santos Dumont, costumam ter uma frequência maior de voos.

Uma parte significativa dos passageiros que viajam de avião utiliza voos com conexão. Ou seja, eles embarcam em um voo com destino a um grande aeroporto (um hub), onde fazem a conexão para o seu destino final.

Essa estratégia permite que as companhias aéreas atendam a uma demanda mais dispersa, concentrando os passageiros em um único ponto e oferecendo voos diretos para diversos destinos a partir dali.

Condições dos aeroportos: A infraestrutura dos aeroportos, a disponibilidade de portões de embarque e pistas de pouso, além dos horários de funcionamento, são fatores importantes para a definição da frequência dos voos.

Disponibilidade de aeronaves e tripulação: As companhias aéreas precisam ter aviões e tripulantes suficientes para operar todos os voos programados.

Custos operacionais: A distância entre os aeroportos, o preço do combustível e outros custos operacionais também influenciam a decisão de oferecer um determinado voo.

Judicializacao: A alta taxa de judicialização no setor aéreo brasileiro, um cenário único mundialmente, pode ser um fator determinante na decisão de novas companhias aéreas abrirem rotas no país. Jerome Cadier em resposta a uma observação aqui gmapas.com comentou sobre isso

“GMapas Mapas pode ser. Alguns destinos/origens sao mais caros por causa do excesso de judicializacao e isto pode afetar os precos e o quantidade de voos”

Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil responde a gmapas.com!
Crédito: Captura de tela do perfil de Jerome Cadeir no Linkedin.

De fato, essa situação, a judicializacao, que não fazia parte do artigo original de Jerome demonstra como os processos judiciais excessivos podem influenciar diretamente as decisões de investimento no setor.

Além disso, essa questão revela a complexidade do cenário regulatório brasileiro e destaca a necessidade de soluções para reduzir a litigiosidade e atrair novos investimentos

Em resumo: A oferta de voos para diferentes destinos é resultado de uma análise cuidadosa de diversos fatores, que vão desde a demanda dos passageiros até questões técnicas e operacionais.

As companhias aéreas buscam otimizar suas operações, oferecendo voos que atendam às necessidades dos seus clientes de forma eficiente e rentável.

É importante lembrar que a malha aérea é dinâmica e está em constante evolução.

Novas rotas são criadas e outras são canceladas com frequência, em resposta às mudanças nos hábitos de consumo e nas condições do mercado.

*O artigo original de onde baseamos nosso texto pode ser lido integralmente clicando aqui.

Perguntas e Respostas

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