O Google Maps oficializou a exibição do nome “Golfo da América” em substituição ao tradicional “Golfo do México” para usuários nos Estados Unidos, tanto na versão web quanto em dispositivos móveis.
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Google implementa mudança de nome para Golfo da América
Conforme anunciamos anteriormente, a plataforma ajustou hoje a nomenclatura após o governo do presidente Donald Trump formalizar a mudança para o corpo de água localizado entre a costa leste do México e a Flórida. Segundo o Google, a atualização segue diretrizes do Sistema de Informações de Nomes Geográficos (GNIS), um banco de dados oficial do governo norte-americano que padroniza referências geográficas.
No entanto, a alteração não é universal: usuários no México continuarão a visualizar exclusivamente o nome “Golfo do México”, enquanto em outras regiões do mundo, a plataforma exibe, inclusive no Brasil, ambas as denominações, com o termo “Golfo da América” entre parênteses.

Vale destacar que o Google define a localização do usuário por meio de dados do sistema operacional, chip SIM e rede móvel. Já em desktops, a exibição depende das configurações de pesquisa ou da geolocalização do dispositivo, caso não haja informações pré-definidas.
Apple Mapas e outras empresas
Enquanto isso, a Apple mantém o nome original temporariamente em seu serviço Apple Mapas, embora redirecione pesquisas por “Golfo da América” para o “Golfo do México”. Além disso, outras empresas de mapeamento, como a MapQuest, ainda não implementaram a mudança.

Por outro lado, o Waze — também controlado pelo Google — exibe ambos os nomes ao buscar “Golfo do México”, mas não retorna resultados para a nova nomenclatura .
Entenda a Polêmica
A mudança de nome do Golfo do México para “Golfo da América” gerou intenso debate geopolítico. O governo mexicano, liderado pela presidente Claudia Sheinbaum, ameaçou processar o Google por considerar a alteração uma violação da soberania nacional, já que o corpo d’água é compartilhado por México, EUA e Cuba, conforme acordos internacionais .
Segundo Sheinbaum, o decreto de Trump aplica-se apenas à plataforma continental dos EUA (até 12 milhas náuticas da costa), não a todo o golfo, que é reconhecido globalmente há séculos.
Do ponto de vista legal, a Organização Hidrográfica Internacional (IHO) — entidade responsável por padronizar nomes de mares — mantém “Golfo do México” como denominação oficial, e a mudança unilateral dos EUA não tem validade internacional .
Além disso, críticos apontam que a medida apaga a herança histórica da região, que remonta a civilizações pré-coloniais e à colonização espanhola.
Para empresas como Google e Apple, a situação expõe o desafio de equilibrar pressões políticas locais com padrões globais. Enquanto o Google adotou a mudança parcialmente (limitando-a aos EUA), a Apple evitou nesse momento alterações diretas, refletindo a complexidade de navegar em disputas geopolíticas através de serviços tecnológicos.
Especialistas afirmam que, sem consenso internacional, o nome “Golfo da América” dificilmente substituirá o original em escala global .
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