Guia Essencial: Dinheiro em Espécie para Viajar pelo Chile

O Chile, um destino com atrações incríveis para todos os tipos de viajantes, oferece experiências memoráveis. No entanto, esta não é uma típica lista de lugares para visitar; este guia apresenta uma dica crucial que raramente você encontrará em outros guias de viagem ou blogs. Ao planejar sua viagem ao Chile, prepare-se para duas uma situação comum que todo viajante deve considerar: sempre tenha dinheiro em espécie. Por que essa precaução é tão importante? Continue lendo para descobrir.

Direto ao Ponto

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Ao chegar ao Chile, você provavelmente fará seu traslado do aeroporto para o centro da cidade utilizando os ônibus da Centropuerto, Turbus, um táxi ou “Uber”. Inicialmente, você notará que quase todos esses serviços aceitam pagamentos com cartão. Os ônibus da Centropuerto, por exemplo, exibem avisos claros de que aceitam apenas pagamentos digitais, como cartões e QR codes, e não recebem dinheiro em espécie (efectivo).

Os táxis, que muitas vezes não são os mais confiáveis na cidade, geralmente possuem maquininhas ou recebem pagamentos por celular no próprio veículo ao partir do aeroporto.

Entretanto, não se iluda pensando que o Chile é um paraíso dos pagamentos digitais. Esta primeira impressão pode ser bastante enganosa.

Para se deslocar por Santiago, o metrô chileno é uma excelente opção para alcançar diversos pontos da cidade. No entanto, esteja preparado para pagar com dinheiro em espécie. Isso mesmo, dinheiro vivo.

Em todas as estações, você encontrará máquinas para comprar sua passagem e o cartão Bip!, que é a forma mais prática de utilizar qualquer transporte público. Nestas mesmas máquinas, você pode recarregar seu cartão de transporte. Contudo, e aqui está o ponto crucial, prepare-se para pagar exclusivamente com dinheiro.

Para brasileiros, que vivem no país do “débito ou crédito?” e do “Pix”, ter apenas a opção de pagar em dinheiro em um sistema de transporte público tão grande e moderno como o de Santiago é, no mínimo, muito estranho.

As máquinas de venda e recarga de bilhetes até oferecem a opção de pagamento com cartão, porém, em nenhuma das estações visitadas em cinco viagens em anos diferentes, essa opção realmente funcionou. A maioria das máquinas possui a abertura para inserir o cartão bloqueada ou tampada, algumas com uma tampa específica (foto abaixo), outras com fita crepe.

Adicionalmente, algumas máquinas que não apresentam essa lacração simplesmente não completam a operação. Essa situação foi verificada repetidamente em estações como República, Moneda, Los Dominicos, Baquedano, San Pablo, Gruta de Lourdes, Plaza Maipú, entre outras. Nem mesmo na movimentada Estação Central essa possibilidade de pagamento com cartão estava disponível.

Surpreendentemente, em quase todas as estações de metrô havia um guichê com caixa, mas as funcionárias sempre informavam que o pagamento ali também era somente em dinheiro. Portanto, se você planeja utilizar o transporte público de Santiago, tenha sempre dinheiro em espécie consigo.

Nas áreas turísticas, empresas maiores ou restaurantes sofisticados, pagar com cartão de crédito ou débito geralmente não representa um problema. No entanto, se você é o tipo de viajante que gosta de explorar e fugir dos lugares comuns, prepare-se para pagar com dinheiro.

Uma boa parte dos estabelecimentos não turísticos em Santiago ou em outras localidades, como pequenos comércios e restaurantes, aceitavam apenas dinheiro em espécie.

Outro detalhe importante: mesmo que um local aceite pagamentos com cartão, verifique se aceitará a bandeira do seu cartão. Por exemplo, pagar com American Express é quase impossível na maioria dos lugares, inclusive nas regiões turísticas.

Durante uma visita a um pequeno restaurante próximo ao Museo Judío do Chile, a senhora que nos atendeu, muito simpática, percebendo que éramos estrangeiros, imediatamente avisou, antes mesmo de perguntarmos: “pago solo en efectivo”.

Apesar dos pagamentos eletrônicos representarem uma tremenda comodidade, muitos viajantes se esquecem de ter dinheiro vivo no bolso. Entretanto, visitar o Chile é um exemplo claro de que um turista deve sempre ter dinheiro em espécie para situações que podem acontecer, como a máquina falhar, o cartão não passar, a comunicação cair, seu banco por algum motivo não autorizar a transação, ou outros problemas imprevistos que impeçam o pagamento.

Lembre-se: ter dinheiro vivo não é ser antiquado, é ser prevenido e garantir uma viagem mais tranquila.

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